21ª Parashat Ki Tissá (09 de mar.- 15 de mar.)
Escrito por: Israel Gusmão
תשה Ki Tissá (Quando Fizeres)
Shemot /Êxodo 30:11-34:35
"Quando fizeres a contagem dos filhos de Israel, conforme a sua soma, cada um deles dará ao Senhor o resgate da sua alma, quando os contares; para que não haja entre eles praga alguma, quando os contares."
1ª Aliyah: Shemot 30:11-31:17
2ª Aliyah: Shemot 31:18-33:11
3ª Aliyah: Shemot 33:12-16
4ªAliyah: Shemot 33:17-23
5ª Aliyah: Shemot 34:1-9
6ª Aliyah: Shemot 34:10-26
7ª Aliyah: Shemot 34:27-35
Haftarah (Os Profetas)
I Reis 18: 1-39
Ezequiel 36:16-38
Brit Chadashá (Novo Testamento)
Marcos 7:1-8:38
II Coríntios 3:1-18
Como mencionado na semana passada, hoje daremos enfoque ao ocultamento misterioso do nome de Moisés na parashá tetzavê e veremos mais sobre o anjo que ia adiante do povo.
Após a grande revelação no Sinai, Moisés sobe no monte e permanece lá durante 40 dias e 40 noites. Como Moisés demorava o povo começou a supor que o líder que os tinha tirado do Egito, estava morto. "Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido." O resultado é bem conhecido! Aharon (Aarão) fez um bezerro de ouro e o proclamaram festa ao Eterno.
Então há um interessante e enigmático diálogo entre D'us e Moisés no qual quero explorar em dois níveis. "Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste." Moisés se coloca como expiação pelo povo, mas ele não podia fazer isso, pois embora mediador do povo, seu irmão é quem tinha a função de levar os pecados do povo. Inclusive em outras ocasiões como a rebelião de Côrach, Aharon faz expiação pelo povo. E como a palavra de um justo não volta vazia, seu nome foi ocultado da parashá anterior.
Na leitura do diálogo de Moisés e o Eterno, D'us se mostra relutante em acompanhar Moisés na viagem. "Vai, pois, agora, e conduze o povo para onde te disse; eis que o meu Anjo irá adiante de ti; porém, no dia da minha visitação, vingarei, neles, o seu pecado." O anjo mencionado outras vezes na torá aparece e já falamos dele semana passada. Essa semana, quero mostrar para vocês que Yeshua se revelou aos patriarcas e era ele quem conversava com Moisés na tenda da reunião.
Em uma passagem, Moisés argumenta "Senhor, você não me me mostrou quem é que vai comigo"; então D'us diz "a minha presença irá contigo e te dará consolo. Após essa passagem, Moisés pede para ver a Glória de D'us e acontece algo estranho no texto, veja "Tendo יהוה descido na nuvem, ali esteve junto dele e proclamou em nome do יהוה. E, passando o יהוה por diante dele, clamou: יהוה, יהוה D'us compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade;" então D'us passa por Moisés e ele proclama em nome de D'us?
Parece que há duas pessoas pessoas no texto e as duas são o Eterno. E de fato é! Se olharmos ao shemá Yisrael, a palavra que aparece é echad, que significa um, mas também denota uma unidade composta. Como estudamos sobre a divindade de Yeshua e a identidade do anjo de D'us. Podemos afirmar que Moisés teve uma revelação do Mashiach (Messias) e ele mesmo conversava com Yeshua face a face na tenda. Como prova disso Moisés disse "rogo-te que me faças saber neste momento o teu caminho" e Yeshua diz "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim."
Haftará
No texto referente à haftará, temos a famosa história de Eliahu, que nos traz muitas lições de vida e aprendizado.
O evento no monte Carmelo é um chamado para todas as gerações futuras, e também traz o aspecto profético nos últimos dias antes do retorno de Yeshua. "Então, Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; se é Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu." Esse verso é central na história, pois força ao leitor uma decisão, um direcionamento para a vida.
Até quando você ficará entre dois mundos? Até quando servirá a D'us e aos prazeres? Lembro-me de estar ao redor de uma fogueira em um acampamento e o pastor pregar sobre esse mesmo verso. A mensagem era clara: como jovens, somos atraídos para uma vida fácil e os holofotes do mundo brilham como que oferecendo a felicidade. Muitas vezes somos como as sementes que caíram no solo espinhoso da parábola do semeador, ouvimos a palavra, mas os prazeres do mundo sufocam a fé. "Até quando coxeareis entre dois pensamentos?" Essa pergunta traz uma reflexão profunda sobre a nossa vida; e se, de fato estamos cambaleando entre D'us e os valores mundanos, é hora de tomar uma decisão.
Nos lares judaicos, no momento da havdalá, a canção Eliahu Hanavi é entoada. Um de seus versos diz "Que ele venha com o Mashiach ben David". Ora, sabemos pelas profecias do apocalipse que o mundo estará sob domínio da besta, que imporá adoração à imagem da besta. Logo, as palavras de Elias ressoam como uma escolha crucial: de qual lado você estará? O lado dos 450 profetas de baal foi o lado perdedor da história.
Brit Chadashá
Já na bessorá, vemos o que realmente contamina o ser humano. Em uma discussão dos perushim e Yeshua, eles argumentam que alguns discípulos quebravam a tradição comendo de mãos impuras. Para entender o ensino de Yeshua, é necessário primeiro saber o que é pureza moral e pureza ritual.
Pureza moral: Pureza moral se refere a ações que são consideradas pecado na torá. Como exemplo podemos usar os mandamentos de não adulterar, não matar, não amaldiçoar, etc. Esses mandamentos refletem a uma ética de conduta que se for observada, trará uma pureza de caráter para aquele que obedece.
Pureza ritual: A pureza ritual se refere ao que está externo ao ser humano, mas que, nos dias do templo tornavam os adoradores inaptos a adorar no templo. Exemplos de pureza ritual são as leis de menstruação/fluxo noturno, kashrut, acerca dos mortos, etc. Coisas que tornam a pessoa impura, mas não é considerado pecado.








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