Dvar Torah 19ª Parashat: Terumá

Dvar Torah דבר תורה

(Palavra de Torá) 

19ª Parashat Terumá (23 de fev.- 01 de mar.)

Escrito por: Israel Gusmão 

תרומה Terumá (Oferta) 

Shemot /Êxodo 25:1-27:19

"Estes são os estatutos que lhes proporás. Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça."

1ª Aliyah: Shemot 25:1-16

2ª Aliyah: Shemot 25:17-30

3ª Aliyah: Shemot 25:31-26:14

4ªAliyah:  Shemot 26:15-30

5ª Aliyah: Shemot 26:31-37

6ª Aliyah: Shemot 27:1-8

7ª Aliyah: Shemot 27:9-19

Haftarah 

I Reis 5:12-6:13

I Samuel 15:2-34

Brit Chadashá

II Coríntios 9:1-15

Marcos 3:1-4:41

 ב''ה

Comentários:

A parashá Terumá é muito importante! Apesar de que muitas pessoas costumam pular esses capítulos no ano bíblico, eles trazem uma mensagem muito importante para nós nos dias atuais. A grande revelação de D'us no monte Sinai não alcançou o resultado esperado; o povo sentiu medo da voz e grande manifestação de poder e pediu a Moisés para falar com D'us e revelar os mandamentos ao povo. Então vemos nessa parashá a construção do mishkan com todos os móveis e utensílios feitos cuidadosamente.

Abaixo, você poderá assistir um vídeo sobre como era formado o santuário terrestre:

"Fala aos filhos de Israel que dediquem para mim uma תרומה (oferta voluntária)" D'us não aceita que o seu serviço seja feito com desleixo, muito menos por obrigação; por isso ordenou que todo material para o mishkan deveria ser uma terumá, oferta voluntária. D'us deseja obediência do amor e serviço voluntário, pois só assim ele poderá capacitar seus servos para cumprirem a missão designada. "E amarás ao Eterno, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas posses".

"E me farão um santuário e eu habitarei בתוכם (dentro deles)" Ex 25:8 não fala apenas de D'us morar no meio do povo, mas a palavra "betocham" indica que o desejo do Eterno não era morar junto do povo em uma tenda, mas morar dentro deles, imprimir as leis e estatutos no coração de cada alma do povo de Israel. 

O profeta Yochanan faz um midrash explicando esse versículo aplicando à imagem do mashiach "E o Verbo se fez carne e habitou (tabernaculou) entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." Quando ele diz habitar, é a mesma palavra de Êxodo 25:8. E nas próximas parashiot veremos como o mishkan aponta para o mashiach.

Haftará

Na haftará, o rei Shlomo inicia a construção do Templo e há nos capítulos da haftará uma descrição detalhada da construção. A lição que podemos tirar desse episódio, é que D'us não fica devendo para ninguém. Ele mesmo fez questão de que fosse registrado, tanto na parashá, como na haftará onde cada recurso foi aplicado. Assim o povo poderia confiar que aquilo que eles doaram para o mishkan realmente foi usado e teve uma causa útil.

Abaixo, um vídeo para sabermos como o era o templo construído pelo rei Salomão:

Hoje, muitos pastores pedem aos fiéis recursos para a obra, mas o dinheiro é desviado para os bolsos dos próprios pastores. D'us fez questão de mostrar ao povo que o dinheiro foi realmente usado para um propósito e eles tivessem a segurança de que seu empenho em ajudar não foi em vão. Novamente D'us diz a Shlomo "e habitarei no meio dos filhos de Israel, e não desampararei o Meu povo Israel" se permanecermos em Yeshua, ele fará morada em nossos corações e verdadeiramente seremos templo do Espírito Santo.

Brit chadashá

"Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria." II Coríntios 9:7, o Rebe Shaul (Apóstolo Paulo) dá orientações com respeito às ofertas no contexto da igreja do primeiro século, e que são perfeitamente aplicáveis a nós também e ele conclui o ensino discorrido nesse pequeno comentário: de que o serviço voluntário a D'us é sempre o que ele espera de seus filhos, e é um dom que todos podem desenvolver. Servir com alegria, afinal estamos fazendo para Aquele que nos amou a ponto de dar o filho unigênito para nos resgatar do pecado e viver eternamente com Ele.

Reflexão: quando te pedem para fazer alguma coisa na igreja/sinagoga, qual é a sua cavaná (intenção)? Será que estamos oferecendo nosso melhor a D'us de forma voluntária?

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Escrito por: Israel Gusmão