18ª Parashat Mishpatim (16 de fev.- 22 de fev.)
Escrito por: Israel Gusmão
משפטים Mishpatim (Julgamentos)
Shemot /Êxodo 21:1-24:18
"Estes são os estatutos que lhes proporás. Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá livre, de graça."
1ª Aliyah: Shemot 21:1-19
2ª Aliyah: Shemot 21:20-22:3
3ª Aliyah: Shemot 22:4-26
4ªAliyah: Shemot 22:27-23:5
5ª Aliyah: Shemot 23:6-19
6ª Aliyah: Shemot 23:20-25
7ª Aliyah: Shemot 23:26-24:18
Haftarah
Jeremias 34:8-22, 33:25-26
II Reis 11:17-12:17
Brit Chadashá
Marcos 1:1-2:28
Hebreus 8:1-12
ב''ה
Nesta parashá, vemos pela primeira vez a expressão "olho por olho, dente por dente". A maioria das pessoas, principalmente de denominações cristã, tem uma visão legalista da lei, acreditando que alguém arrancasse os olhos de outra pessoa, isso daria o direito à pessoa ferida de arrancar o olho da outra pessoa. Mas não é essa a ideia do texto e nem das outras leis citadas nos capítulos da parashá Mishpatim. É necessário muito cuidado e discernimento para não pensar que havia uma carnificina em Israel (com relação a crimes cuja pena seria a de morte, de acordo com a torá).
A expressão "olho por olho, dente por dente" aparece três vezes na torá, sempre em um contexto de tribunal. Um determinado caso era levado aos juízes e eles estipulavam a indenização para a pessoa que sofreu o dano. A ideia do texto é de acabar com a vingança infinita, na qual, alguém sempre está vingando uma pessoa ferida, cujo ciclo é interminável se não há uma intervenção legal. Ou seja, havia uma corte que determinava qual seria a indenização pelo tipo de dano; e é sobre isso que a torá fala.
Yeshua faz uma brilhante explicação dessa parashá ao usar do mesmo princípio da torá: "Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;" Mt 5:39. Ainda na mesma porção é dito "Se encontrares desgarrado o boi do teu inimigo ou o seu jumento, lho reconduzirás.5 Se vires prostrado debaixo da sua carga o jumento daquele que te aborrece, não o abandonarás, mas ajudá-lo-ás a erguê-lo." Tanto Yeshua quanto a torá ensinam que não devemos responder mal pelo mal, mas fazer bem a quem te faz o mal; agindo assim, teremos tesouro nos céus.
Haftará
Na porção da haftará, o profeta Yirmiahu (Jeremias) profetizou em nome de HaShem que Nevuchadnetsar (Nabucodonosor) viria e destruiria a cidade de Jerusalém por causa de seus pecados contra o Eterno; então Tsidkiahu (Zedequias), rei de Judá, fez um pacto com os príncipes do reino para libertarem os escravos hebreus e não oprimir o povo.
No entanto, logo se arrependeram de ter feito o pacto e voltaram a oprimir o povo e fazer escravos, ao que desagradou a D'us. "mudastes, porém, e profanastes o meu nome, fazendo voltar cada um o seu servo e cada um, a sua serva, os quais, deixados à vontade, já tínheis despedido forros, e os sujeitastes, para que fossem vossos servos e servas. A Zedequias, rei de Judá, e a seus príncipes, entregá-los-ei nas mãos de seus inimigos e nas mãos dos que procuram a sua morte, nas mãos do exército do rei da Babilônia, que já se retiraram de vós." Jr 34:16,21
Brit Chadashá
Tanto essa, quanto a parashá anterior tem tratado do tema de aliança. D'us chama o povo de Israel para ser um reino de sacerdotes e convidar as nações para adorarem e servirem ao D'us único. Na aliança feita no Sinai, por mais espetacular de foi a manifestação divina, ainda era imperfeita.
Imperfeita porque o sangue dos animais não tinha o poder de fazer transformar o coração do pecador; por isso rav Shaul explica que Yeshua é mediador de uma aliança superior, como está escrito "Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo." Hb 8:10.
Reflexão: ao ler a parashá dessa semana, pense no significado de cada lei e como o princípio da mesma pode te ajudar a ser um ser humano melhor. Você tem coragem de fazer o bem, para o seu inimigo?





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