16ª Parashat Beshalach (02 de fev.- 08 de fev.)
Escrito por: Israel Gusmão
בשלח Beshalach (Quando ele enviou)
Shemot /Êxodo 13:17-17:16
"E aconteceu que, quando faraó deixou ir o povo, D'us não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque D'us disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao Egito."
1ª Aliyah: Shemot 13:17- 14:8
2ª Aliyah: Shemot 14:9-14
3ª Aliyah: Shemot 14:15-25
4ªAliyah: Shemot 14:26-15:26
5ª Aliyah: Shemot 15:27-16:10
6ª Aliyah: Shemot 16:11-36
7ª Aliyah: Shemot 17:1-16Haftarah
Juízes 4:4-5:31
Brit Chadashá
Mateus 26:1-75
Apocalipse 19:1- 20:6
A parashá Beshalach é o clímax e o desfecho de toda a narrativa do êxodo até a saída dos hebreus do Egito. Após a décima praga, o Faraó finalmente permite que os hebreus partam, mas, vendo que eles realmente saíram, muda de ideia e reúne o exército para perseguir Moisés e o povo. "Sendo, pois, anunciado ao rei do Egito que o povo fugia, mudou-se o coração de Faraó e dos seus servos contra o povo, e disseram: Por que fizemos isso, havendo deixado ir a Israel, para que não nos sirva?" Por causa da obstinação do líder egípcio, mais uma vez o poder do Eterno se manifestaria aos olhos de todos.
"E o Eterno ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de fogo, de noite." Dessa maneira D'us protegia o povo e ensinava o caminho. Confiando na direção divina, Moisés não guiou o povo pela rota mais rápida até Canaan (Canaã), visto que os filisteus fariam guerra, mas entrou em um lugar nada estratégico para quem estava fugindo e com pressa. Ali estavam o mar à frente, montanha aos flancos e o Faraó atrás.
Após a travessia, uma linda canção foi entoada por Moisés e todo o Israel:
"Cantarei ao SENHOR, porque gloriosamente triunfou; Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade. Tu, com a tua beneficência, guiaste a este povo, que salvaste;"
Essa história bíblica é uma das mais fascinantes, na minha opinião, mas também nos leva a refletir sobre nossa atitude para com D'us. Será que estamos sendo como o faraó? Curiosamente na tumba do Faraó Tutmosis III foi encontrada uma oração aos deuses pedindo que recebessem as almas dos que morreram na grande inundação por causa da teimosia e sua múmia jamais foi encontrada, sendo outra pessoa enterrada no lugar do rei, seria esse o faraó do êxodo?
Assista esse vídeo do Dr. Rodrigo Silva, doutor em arqueologia bíblica e co-fundador do MAB (Museu de Arqueologia Bíblica):
Haftará e Brit Chadashá
A haftará nos conta a de דבורה Devorá (Débora) e ברק Barak (Baraque), em uma época onde os israelitas estavam sob o jugo do rei Yavin de Hatsor. Débora que era juíza e profetisa recebeu a ordem do Eterno de falar a Barak que ajuntasse um exército e lutasse contra os opressores. Mas Barak responde: "Se fores comigo, irei; mas se não fores comigo, não irei". Talvez ele estivesse um pouco inseguro de lutar, por isso chamou Devorá para que o acompanhasse; não por medo da guerra, mas para que ela intercedesse a D'us pelo exército. Era uma prática da época de levar os deuses para a batalha para assegurar a vitória e isso não era novo na Torá (Moshê x amalekitas; Pinchás x midianitas; a arca da aliança x Jericó).
Mais uma vez, após uma grande batalha, Devorá e Barak entoam um cântico de agradecimento pela vitória conquistada. Mas o comandante Sísera tinha fugido para a tenda Héver e morreu de forma inusitada; Yael (Jael) martelou uma estaca na sua cabeça enquanto dormia tranquilo. Mais uma vez vemos a lição deixada na bíblia e repetida várias vezes: D'us usa os fracos para destruir os fortes. "Da boca de pequeninos e crianças de peito suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres emudecer o inimigo e o vingador". D'us se agrada de pessoas frágeis aos olhos humanos, mas que são dispostas a serem usadas pelo Ruach Hakosh (Espírito Santo).
Assim como D'us resgatou os filhos de Israel do Egito, Yeshua (Jesus) virá resgatar o seu povo, todo aquele que for inscrito no livro da vida. No texto de Ap 19:1-20:6 entendemos como será a segunda vinda de Yeshua e como seremos livres do "Egito" moderno; Yeshua ao retornar, destruirá a besta e o falso profeta, levando os salvos para a Nova Jerusalém, onde reinarão com Ele por mil anos até que a cidade celestial desça do céu. E os rabinos do Talmud também concordam com Yochanan (João), veja:
"seis mil anos o mundo deverá existir, e um [mil, o sétimo], estará desolado, como está escrito, e só o Senhor será exaltado naquele dia" -Rabino Katina, tratado Sanhedrin 97a
Reflexão: os eventos das primeiras parashiot de shemot, são proféticas e fundamentais para a compreensão da bessorá (Evangelho/ Boas Novas) e os últimos dias. D'us libertou o seu povo da escravidão do Egito e do jugo das outras nações, e para isso D'us levantou pessoas cheias do Espírito Santo, porém D'us o foco de D'us não era nos libertar somente da escravidão das outras nações, mas da principal escravidão, a escravidão do pecado. Essa libertação que todos, de toda raça, tribo língua e nação são convidados a fazer parte. Sejamos, pois, atalaias de D'us e anunciemos as boas novas do Reino do Messias!





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