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Selo de D'us ou a Marca da Besta

 O Tefilin e a Marca da Besta 

Como o judaísmo ajuda a compreender as profecias.

ב''ה

   Introdução:   

Um ponto extremamente polêmico e conflitante entre diversos grupos e denominações cristãs acerca do texto do apocalipse é a interpretação do que se refere ao texto de Apocalipse cap. 13, principalmente no que se refere ao termo "marca da besta". 

O objetivo desse estudo é analisarmos juntos o texto em seu contexto original, de acordo com a cultura judaica e a revelação de João, utilizando como base os textos de Apocalipse 13 e 14 e também o texto de Deuteronômio 6 referente ao "Shemá Yisrael" (שמע ישראל).

Não pretendo trazer nesse estudo, uma visão definitiva do assunto, mas pretendo trazer uma visão contextualizada de acordo com a cultura judaica. Apresentando de forma plausível, argumentos para embasar a minha concepção acerca do texto. 

Estou aberto a discussões e, se por acaso, o leitor tiver adendos dentro do tema, poderá deixá-los nos comentários abaixo dessa página.  


    Contrafações Satânicas   


Lutero, costumava dizer que Satanás era o "macaco de D'us". Nesse ponto, devo concordar com o senso de humor de Lutero, pois Satanás sempre tentou imitar a obra de D'us.

Se D'us semeia trigo, Satanás semeia joio (Mateus 13:24-27); D'us apresenta um caminho estreito, enquanto Satanás apresenta um caminho largo (Mateus 5:13-14); A igreja de D'us é comparada a uma mulher pura e casta, enquanto Satanás compara seus seguidores a uma prostituta (Apocalipse 12 e 17); Os seguidores de D'us são comparados às ovelhas, e os seguidores de Satanás são chamados a bodes (Mateus 25:31-41). Portanto, de semelhante modo, D'us tem seu selo, e Satanás a sua marca, a marca da besta. 

Nesse sentido, há uma necessidade de entendermos primeiramente qual é o selo de D'us para posteriormente entendermos qual seria a marca da besta. 


   Selo de D'us ou a Marca da Besta?   


"[...] Também obrigou todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem a marca na mão direita ou na testa, [...]

(Apocalipse 13:16)


Ao analisarmos as características da marca da besta, encontramos esse detalhe grifado no texto acima, o qual se assemelha muito ao que vemos em um trecho da declaração do "Shemá Yisrael" (שמע ישראל) pronunciado por Moisés diante do monte Sinai:


"[...] E as atarás como um sinal sobre a tua mão e te serão por frontal entre os teus olhos [...]."

(Deuteronômio 6:8)


Se o caro leitor manteve-se atento a leitura até agora, pode ter notado a semelhança gritante entre a ordenação dada pelo Senhor através de Moisés e a marca da besta presente no texto do capítulo 13 de Apocalipse. 

Porém como podemos lidar com duas ideias tão parecidas e ao mesmo tempo tão opostas? O fato é que estamos lidando, no texto de Apocalipse 13, com uma contrafação de Satanás, uma imitação daquilo que é verdadeiro e puro. Vamos explorar melhor esse assunto...

Ao analisarmos o contexto cultural da passagem de Deuteronômio 6:4-9, podemos entender que D'us, através de símbolos, queria ensinar de forma didática para seus filhos, como deveriam estar cientes da aliança que fizeram com o Eterno e como deveriam ser zelosos ao cumpri-la. 

Ou seja, o povo deveria atar a lei de forma literal através de símbolos para que através desses símbolos, se lembrassem da aliança feita no Sinai. E esses símbolos são marcados na religião judaica até os dias de hoje. 

Nesse contexto, através de séculos de tradição muito bem preservada, podemos concretizar quais seriam os símbolos presentes nesse texto, onde o Senhor ordena seu povo a atar a lei em sua mão e no frontal entre seus olhos.

Vejamos: 


Em ambas as imagens podemos ver um homem judeu (antigo e atual) utilizando em seus braços e em sua cabeça, um objeto, que no judaísmo é chamado de "Tefilin", e é traduzido muitas vezes como "filactérios". 


   Sobre o Tefilin   

Esses objetos consistem em duas caixas pequenas feitas de couro de animal Kasher (próprio para consumo). E dentro de cada caixa, encontram-se em pergaminhos (também feitos de animal Kasher), quatro parágrafos da Torá (pentateuco) simbolizando a aliança de D'us e Israel. 

A caixinha do braço é colocada sobre o braço esquerdo* (lembre-se desse detalhe*) de maneira a ficar encostada junto ao coração, a sede das emoções, com a correia de couro suspensa sendo enrolada na mão esquerda, bem como no dedo médio. Essa caixinha do braço possui uma única divisão com as passagens da Torá divididas em um único pergaminho. 

A caixinha da cabeça é colocada acima da testa, de maneira a repousar sobre o cérebro, a sede dos pensamentos e da razão. Essa caixinha possui 4 divisões com pergaminhos sobre os quais estão escritas 4 passagens da Torá. 

Essas duas caixinhas representam os mandamentos do Eterno, que devem estar na mente e no coração de cada indivíduo. Já as tiras que se estendem do braço para a mão e da cabeça para as pernas significa a transmissão da fonte intelectual e emocional para as mãos e as pernas, simbolizando sentimento e ação unidos. 

Outro detalhe de extrema importância ao analisarmos as caixas do tefilin, é o fato de que somente a caixa da cabeça possui a letra "Shin" (ש) na parte externa. Simbolizando um dos nomes do Eterno "Sh-day" (שדי). E essa mesma letra está escrita duas vezes nessa caixinha, em dois lados da caixa, porém em uma delas, essa mesma letra apresenta quatro "braços" em sua escrita ao invés de três. Isso foi feito para que assim, de um lado da caixa, uma letra tivesse 3 braços e do outro lado, ela tivesse 4, totalizando 7 braços, um número sagrado representando o Eterno D'us. 
Veja na imagem abaixo:


Foto dos dois tefilim's (cabeça e braço)

Deixarei dois links abaixo para aqueles que desejarem conhecer mais sobre o tefilin:





   O Selo de D'us   

"Olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele, cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai. [...]"

(Apocalipse 14:1)


Nesse versículo já podemos ter uma compreensão maior de qual era a visão de João ao escrevê-lo, já que agora temos conhecimento desse símbolo religioso e cultural utilizado pelos judeus ao longo dos séculos da existência do judaísmo.

Em nosso estudo sobre os filactérios (Tefilin), notamos que somente o tefilin da cabeça possui o nome do Eterno D'us, portanto é notável que João estava se referindo a esse símbolo religioso dado por D'us no monte Sinai para o povo de Israel como uma forma de lembrança da aliança entre eles e o Eterno. 

É notável que João não aponta o nome de D'us escrito em qualquer outro local, como as mãos, por exemplo, mas justamente na testa, como era no tefilin.

João sabia do foco de sua mensagem, e tanto judeus como judeus nazarenos ("cristãos"), seguidores de Y-shua (Jesus) entenderam a mensagem de João ao escrever essa mensagem. 

Portanto era óbvio concluir que o selo de D'us, como mostrado em vários versículos da Bíblia era a observância dos mandamentos de D'us, assim representados pelo Tefilin (filactérios). 


"Ata o testemunho e sela a Lei entre os meus discípulos."

(Isaías 8:16)


"Se me amais, guardai meus mandamentos [...] Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que mais me ama; [...] Quem não me ama não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que ouvistes não é minha, mas de meu Pai que me enviou"

(João 14:15-24)


"Não penseis que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de alguma forma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra. Todo aquele que desobedecer a um desses mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos outros, será chamado de menor no Reino dos céus; mas todo aquele que praticar e ensinar esses mandamentos será chamado de grande no Reino dos céus."

(Mateus 5:17-19)


"Não havendo profecia, o povo se corrompe, mas o que guarda a lei, esse é feliz."

(Provérbios 29:18)


"Isto lhe será como sinal sobre a tua mão e memorial na sua testa, para que a lei do Senhor esteja em seus lábios, porque o SENHOR o tirou do Egito com mão forte"

(Êxodo 13:9)


"Todo aquele que pratica o pecado, transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei"

(1 João 3:4)


Aqui vemos, claramente, como cumprir os mandamento de D'us é algo sério, mas é muito além disso, é um sinal que distingue seu povo dos demais povos da Terra. Seu povo é conhecido por amá-Lo através da obediência às Suas palavras, aos Seus mandamentos, assim como um filho que ama seu pai e busca obedecê-lo e honrá-lo. 


   Um Sinal Especial   

Mas dentro desse selo, existe um sinal que distingue aqueles que realmente guardam os mandamentos e aqueles que simplesmente dizem guardar, um sinal que é citado diversas vezes na Escritura. 

Vejamos: 

"Também lhes dou os meus sábados como sinal entre mim e vós, para que saibam que eu, o Senhor, os santifico [...] Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR, vosso D'us"

(Ezequiel 20:12,20)


"Digam ao povo de Israel que guardem os meus sábados. Isso será como um sinal entre mim e vós, de geração após geração, afim de que saibam que eu sou o Senhor que os santifica"

(Êxodo 31:13)


"Se você vigiar os seus pés de profanar o sábado e de cuidar dos teus próprios interesses no meu santo dia; se chamares ao sábado deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra, e o honrares, não seguindo os teus caminhos, não pretendendo fazer a sua própria vontade, nem falando palavras vãs, então te deleitarás no Senhor. Eu te farei cavalgar sobre os altos da terra e te sustentarei com a herança de Jacó, teu pai, porque a boca do Senhor o disse"

(Isaías 58:13,14)


    "Eu sou o SENHOR, vosso D'us ; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e executai-os. E santificai os meus sábados, e servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso D'us"

(Êxodo 20:19, 20)


Após esse estudo, entendemos que o selo D'us é a guarda de seus mandamentos, e dentro desses mandamentos está o sábado (shabat) sendo um sinal distinto daqueles que honram e amam a D'us, guardando todos os mandamentos. O povo de D'us não pode guardar todos os mandamentos enquanto negligencia um. 


"Porque quem quebra um só mandamento da Lei, é culpado de quebrar todos, poque Aquele que diz: 'Não cometerás adultério',  também disse: 'Não matarás'. Se não adulteras, porém matas, se torna transgressor da Lei"

(Tiago 2:10,11)


Ora, a lógica é a mesma, se o 1º mandamento (Êxodo 20:3) nos ordena a não adorarmos outros deuses, e o 4º (Êxodo 20:8-11) nos ordena a guardar e santificar o sábado, logo, se adoro somente a D'us, mas transgrido o sábado, me torno transgressor da Lei de D'us. 

Portanto, nos últimos dias dessa terra, esse será o sinal distinto do povo de D'us que aguardará sua segunda vinda nas nuvens do céu ao invés de gozar dos prazeres desse mundo. 


A Marca da Besta 

"[...] Também obrigou todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem a marca na mão direita ou na testa, [...]

(Apocalipse 13:16)


No início desse estudo notamos que Satanás ama criar contrafações à verdade divina, buscando sempre algo semelhante para substituir, de forma fracassada, as verdades reveladas por D'us. 

Nesse sentido, também pudemos ver ao longo de nosso estudo que o selo de D'us é a guarda de seus mandamentos (TODOS), inclusive o sábado, o quarto mandamento da Lei do Eterno, que se tornará um sinal distinto, nos últimos tempos, para separara aqueles que amam a D'us e guardam todos os seus mandamentos e daqueles que simplesmente dizem seguir todos os preceitos divinos. 

Logo, é bem plausível, que dessa vez, Satanás também buscasse mais uma de suas contrafações à essa verdade. Uma forma de substituir a obediência plena aos mandamentos do Eterno. 

Note que a marca da besta está na testa e na mão direita*, diferente do que é visto no tefilin, que é colocado no braço e na mão esquerda* para mostrar que a Lei de D'us deve estar dentro do coração de cada homem, controlando suas emoções, sentimentos e vontades. Já a marca da besta fica na mão direita, pois ela é a representação contrária da vontade divina, e ela é resultado da má inclinação do homem em oposição à vontade divina expressa no decálogo e em todo o livro da Lei. 

Através de seu engano mortal, Satanás tem levado muitas pessoas a acreditarem que seguem todos os mandamentos de D'us enquanto negligenciam somente um único mandamento, como se isso não importasse para D'us. Apresentando sua doce bebida, que aparenta ser algo puro e desejável, Satanás tem feito muitos beberem pequenas gotas de seu veneno mortal, misturado com as verdades divinas da Palavra de D'us. Muitos só notarão seu sabor quando for tarde demais, mas espero que esse não seja o seu caso, querido leitor. 

Nesse sentido, Satanás tem enganado a muitos, fazendo-os rejeitar o sinal de D'us, o sábado, para que assim ele consiga afastar as pessoas do selo de D'us que é a Sua santa Lei (Rm. 7:12). 

Através do engano, o inimigo das almas tem realizado diversas distorções da Bíblia, fazendo muitos fiéis acreditarem que o sábado é um mandamento somente dos judeus ou do povo de Israel, porém o dia de guarda surgiu no Éden, antes mesmo de qualquer raça, credo, língua ou cor serem definidas (Gn 2:1-3). 

Outro engano é achar que Y-shua (Jesus) e seus discípulos não guardaram o sábado e que a Lei foi abolida na cruz. Basta somente ler Mateus 5:17-19 para entender que Jesus jamais aboliu a lei de D'us ou as palavras dos profetas que vieram anteriormente. Jesus e seus discípulos jamais transgrediram o sábado ou anularam a sua importância, somente ensinaram ao povo a forma correta de se guardar o sábado, diferente da forma com que muitos fariseus faziam. (Mateus 12:1,5, 8; 24:20; 28:1; Marcos 1:21; 2:23, 24, 27, 28 15:42; 16:1; Lucas 4:16, 31; 6:1, 2, 5-7; 13:10, 14-16; 14:3-5; 23:54, 56; João 5:9, 10, 16, 18; 7:22, 23; 9:14, 16; 19:31; Atos 13:14, 27, 42, 44; 16:13; 17:2; 18:1-4)

Nessa lista de mentiras, muitos fiéis sinceros são enganados com o erro de achar que, pelo fato da ressurreição de Jesus ter sido realizada no domingo, isso se torna o motivo da mudança do sábado para o domingo. E esse é um dos maiores enganos quanto a esse tema. Pois até mesmo no sábado, Jesus guardou o mandamento permanecendo descansando na sepultura.

Após a morte do último apóstolo de Cristo, a igreja primitiva dos primeiros séculos, iniciou um processo de apostasia, onde o domingo passou a ser reverenciado pouco a pouco por cristãos gregos e romanos recém-convertidos, tentando alinhar as práticas judaico-cristãs às práticas pagãs de seus povos. Dessa forma, o bispo de Roma, que tinha grandiosa influência entre os cristão daquela época decretou que o "sábado judaico" deveria ser abolido para dar lugar a um novo dia de guarda, assim como apontado pelo Dr. Samuele Bacchiocchi. 

A igreja de Roma era diferente da igreja de Jerusalém, pois a igreja de Jerusalém era composta por muitos judeus seguidores de Jesus, enquanto a igreja de Roma era composta por muitos neófitos provenientes de culturas pagãs e idólatras. E pelo fato da igreja de Roma ter ganho mais influência ao longo do tempo, aos poucos foram colocando aspectos religiosos de seus cultos pagãos para dentro do culto judaico-cristão, desvinculando cada vez mais a imagem do cristianismo à imagem do judaísmo. 

Após constantes revoltas judaicas contra o império romano, o imperador Adriano realizou uma campanha antijudaica e anti-sabatista para eliminar o culto judeu, pois ele estava vendo que os judeus, por suas constantes revoltas contra o império, estavam atrapalhando seu governo. Então o bispo de Roma decretou, que se substituíssem o dia de guarda do sábado para o domingo, para que assim não tivessem conflitos com o imperador. 

Posteriormente, na esfera civil, em 7 de março de 321d.C., o imperador Constantino decretou o domingo como dia de guarda entre os cristãos de forma oficial e obrigatória. Porém não houve nenhuma revelação, nenhum profeta, nenhuma base bíblica para a mudança de tal dia. 

Assim, esse engano é passado de geração em geração até os nossos dias. E é justamente esse engano que o adversário de D'us tem usado para que muitos justos caiam em seus enganos e não estejam seguros, pois é através da guarda do domingo que muitos povos pagão reverenciavam suas divindades maiores, reservando esse dia à adoração de deuses falsos. Da mesma forma, aqueles que dizem seguir a D'us não podem seguir essa lei humana que é imposta na mão e na testa como forma de obediência e submissão às autoridades terrenas. 

A marca da besta é mencionada 7 vezes no Apocalipse (13:16,17;14:9,11; 16:2;19:20; 20:4). Quatro dessas menções aparecem no centro do livro (Ap. 12-14), que é introduzida por uma visão da arca da aliança contendo os Dez Mandamentos (Ap. 11:19). O povo remanescente de D'us é identificado como os que "guardam os mandamentos de D'us e têm o testemunho de Jesus" (Ap. 12:17).
Imediatamente depois disso, João descreve duas bestas que perseguem a igreja de D'us: (1) uma que "emerge do mar" (Ap. 13:1) e (2) outra que "emerge da terra" (Ap. 13:11). A primeira besta ordena uma falsa adoração e sua atividade de perseguição se assemelha à do "chifre pequeno" de Daniel 7, que cuidaria "em mudar os tempos e a lei" (v.25) e perseguiria o povo de D'us por 1.260 dia/anos (Ap. 13: 4,8).

A conexão com a profecia de Daniel mostra que a falsa adoração envolve uma tentativa de mudar os "tempos" de D'us e Sua lei dos Dez Mandamentos. O único mandamento dos dez que lida com tempo é o quarto- o mandamento para santificar o sábado do sétimo dia. Historicamente a tentativa de mudar o dia de adoração foi perpetrada pela igreja romana, que reverencia o domingo como dia de descanso, em vez do sábado, o dia de descanso bíblico. 

O fato de a segunda besta em Apocalipse 13, representando o protestantismo apostatado, exercer a mesma autoridade da primeira besta (Ap.13:12) e cooperar com ela para impor a falsa adoração mostra que o domingo será uma marca distintiva importante dos que adoram a besta e a sua imagem, em contraste com o povo remanescente de D'us que guarda "os mandamentos de D'us e a fé de Jesus" (Ap. 14:12).

Sua obediência inclui a santificação do sétimo dia porque eles dão ouvidos ao chamado para adorar "Aquele que fez o céu, a terra, o mar, e as fontes das águas" (Ap.14:7; ver Êxodo 20:11). Eles recebem o selo de D'us (Ap. 7:4; 14:1) enquanto os que rejeitam esse chamado e reverenciam o domingo, a marca da autoridade da besta, são descritos como parte de Babilônia e recebem a marca da besta (Ap. 14:8-11). 

Teria o homem autoridade para mudar a Lei de D'us, abolindo mandamentos e ressignificando outros? Claro que não!


"Toda palavra de D'us é pura; ele é escudo para os que nele confiam. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda, e seja achado mentiroso."
(Provérbios 30:5,6)


"Eu, João, aviso solenemente aos que ouvem as palavras proféticas desse livro: se alguma pessoa acrescentar a elas alguma coisa, D'us acrescentará, ao castigo dela, as pragas descritas nesse livro. E se alguma pessoa tirar alguma coisa das palavras proféticas deste livro, D'us tirará dela, as bênçãos descritas nesse livro, isto é, a sua parte no fruto da árvore da vida, e também da sua parte da Cidade Santa"
(Apocalipse 22:18,19)

 
A prova final, portanto, tem a ver com a verdadeira ou falsa adoração embasada na obediência à lei de D'us, o que inclui o sábado e o dia de adoração inventado pelo homem, o domingo. 



"Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo, transferiu o dia de descanso do sábado para o domingo, em memória da ressurreição de nosso Senhor: de modo que a observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que prestam, independentemente de sua vontade, à autoridade da Igreja". -Monitor Paroquial de 26 de agosto, de 1926, Socorro, SP.

"A observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que eles prestam, sem saberem, à autoridade da igreja Católica." -Monsenhor Louis-Gaston de Ségur, (Plain Talk of The Protestantism of Today. p.213)

"Repetidamente é oferecido mil dólares a quem possa mostrar, usando somente a bíblia, que exista uma ordem para observar o domingo como dia santo. Não existe tal lei na bíblia, esta ordem está na lei da santa igreja católica. A bíblia diz: 'Lembra-te do dia de sábado para o santificar', a igreja católica diz: 'Não, por meu poder divino, eu anulo o dia de sábado e ordeno a santificar o primeiro dia da semana'. Aqui, e todos no mundo civilizado se prostram em reverente obediência ao mandamento da santa igreja católica" -T, Enright C. S. S. R., em uma dissertação, Hartfort, Kansas, EE.UU., 18 de fev. de 1884

"A igreja católica a mais de 1000 anos antes da existência do primeiro protestante, em virtude da missão divina, mudou o dia de sábado para o domingo" -The Catholic Mirror, publicação oficial do cardeal James Gibbons, 23 de set. de 1893.

"Pergunta: Qual é o sétimo dia?
Resposta: O sábado é o sétimo dia. 
Pergunta: Por que observamos o domingo ao invés do sábado?
Resposta: Nós observamos o domingo ao invés do sábado, porque a igreja católica, no Concílio de Niceia, em 325d.C., transferiu a solenidade do sábado para o domingo" -Peter Geiermann, The Converts Cathecism of Catholic Doctrine (Catecismo de Doutrina Católica dos Conversos) 2ª edição (1957), p.50.

" Pergunta: Tem, o senhor, outra forma de demonstrar que a igreja tem poder para instituir festividade de preceito?
Resposta: Se essa não tivesse tal poder, não poderia haver feito aquilo em que os religiosos modernos estão de acordo com ela. Ela não poderia haver mudado a observância do domingo, o primeiro dia da semana, pela observância do sábado, o sétimo dia; uma mudança para a qual não há autoridade nas Escrituras." -Stephen Keenan, A Doctrinal Cathecism (O Catecismo Doutrinal). 3ª edição, p. 174

"Só há uma igreja na superfície da terra que tem o poder e as pretenções de fazer leis e impor nas consciências, com a aprovação de D'us abaixo da pena do fogo do inferno. 
Por exemplo: A instituição do domingo. Que direito tem qualquer outra igreja para guardar este dia? Em fazer aceitar o terceiro mandamento do papado ao invés do quarto mandamento de D'us que diz: 'Lembra-te do sábado para o santificar', porém o domingo não é o sábado. Os meninos da escola sabem que o domingo é o primeiro dia da semana. Repetidamente é oferecido mil dólares a quem possa provar, usando apenas a bíblia, que estou obrigado a guardar o domingo como um dia santo, e ninguém veio reclamar o dinheiro. É porque a santa Igreja Católica Romana mudou o dia de descanso do sétimo dia, o sábado para o domingo, o primeiro dia da semana." -T. Enright, C. S. S. R., em uma dissertação em 1893 

O domingo ainda não é a marca da besta, mas será nos últimos dias dessa Terra, e existem muitos justos, que ainda guardam esse dia falso de adoração. Mas há um chamado para aqueles que desejarem seguir todos os preceitos de D'us, o honrando de maneira plena, com amor e justiça, e esse chamado é o de descansar verdadeiramente no sétimo dia, o sábado, e assim receber o selo de D'us. 


Referências:
SMITH, Uriah. Daniel e Apocalipse: interpretações proféticas. 2. ed. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1944.

WHITE, Ellen G. et al. Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia: volume 7 (Apocalipse). 2. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1976.

MOORE, Marvin. Apocalipse 13: uma interpretação adventista. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1997.

DOUKHAN, Jacques. Segredos do Apocalipse: desvendando mistérios bíblicos. 1. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2002.

GOODMAN, Martin. A História do Judaísmo. 1. ed. São Paulo: ed. Crítica , 1993.

EPSTEIN, Isidore. Breve História do Judaísmo. 2. ed. São Paulo: ed. Livraria Sêfer , 1950.

JOSEFO, Flávio. A História dos Hebreus.  2. ed. São Paulo: ed. CPAD, 2000.

KEENAN, Stephen. A Doctrinal Cathecism (O Catecismo Doutrinal). 3ª ed. 1957  




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Comentários

  1. Um excelente estudo envolvendo essa temática tão importante para os nossos dias...

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  2. Opa, não consegui fazer o pix usando o QR.

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